Territoriality and Animality: Human-animal Relations in Quilombola Communities of Brazil

Authors

DOI:

https://doi.org/10.25120/etropic.15.2.2016.3539

Keywords:

human-animal relations, Quilombola communities, territoriality, Brazil

Abstract

This article seeks to highlight the importance of the still incipient studies about the relationships between humans and animals in the remaining African-Brazilian Quilombola communities in tropical Brazil. I suggest here that these studies can prove very relevant to assist in the processes of land claiming and recognition processes, since I believe human-animal relations constitute, and are constituted by, the concept of territoriality, which is significant to Quilombola social organization. Starting with a brief review of the literature on the topic, the discussion will culminate in two specific cases: the Quilombola community of Bombas located in Iporanga in the state of São Paulo, surrounded by a vast area of moist tropical Atlantic Forest and approximately a two-hour walk from the center of the municipality, and the Quilombola community of Carmo in the municipality of São Roque, São Paulo, a rural neighborhood in an urban area surrounded by and urban jungle of high-end condominiums (and where I carried out field research). Both communities have been struggling for many years with the Brazilian state for the recognition of their territories.

Author Biography

Luisa Fanaro, Federal University of São Carlos & Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)

Luisa Amador Fanaro recently graduated (2016) in Social Sciences by Federal University of São Carlos (São Carlos/SP, Brazil), with an emphasis in social anthropology. Luisa studies human-animal relationships, especially the relation between sled dogs and humans (breeders, trainers and tourists), as well as nature-culture issues, and is experienced working with Quilombola communities. Luisa currently participates with the university staff and works in partnership with Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) to purse the titling of two Quilombola territories (Nossa Senhora do Carmo and Espírito Santo da Fortaleza de Porcinos) in Brazil.

References

Albert, B. (2005). Territoriality, ethnopolitics, and development: the Indian movement in the Brazilian Amazon. In Surrallés, A. & P.G. Hierro (Eds.), The land within: Indigenous territory and perception of the environment (pp. 200-229). Copenhagen, Denmark: Iwgia.

Almeida, A.W.B. (2002). Os quilombos e as novas etnias. In E.C. O’Dwyer, (Ed.), Quilombos: identidade étnica e territorialidade (pp. 43-81). Rio de Janeiro, Brazil: Editora FGV.

Arruda, R.S.V. (2000). “Populações tradicionais” e a proteção dos recursos naturais em unidades de conservação. In A.C. Diegues (Ed.), Etnoconservação: Novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos (pp. 273-290). São Paulo, Brazil: Hucitec, Nupaub-USP.

Arruti, J.M.A. (1997). A emergência dos “remanescentes”: notas para o diálogo entre indígenas e quilombolas. Mana, 3(2), 7-38. Retrieved from: http://www.scielo.br/pdf/mana/v3n2/2439.pdf

Arruti, J. M. A. (2002). As comunidades negras rurais e suas terras: a disputa em torno de conceitos e números. Dimensões, 14, 243-269. Retrieved from: http://www.periodicos.ufes.br/dimensoes/article/view/2630/

Bandeira, M.L. (1988). Território negro em espaço branco. São Paulo, Brazil: Editora Brasiliense.

Bevilaqua, C.B. & Vander Velden, F.F. (2016). Introdução. In Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relacoes entre humanos e animais (pp. 6-42). São Carlos, Brazil: EdUFSCar

Born, P.A. (2012). A adoção da identidade quilombola nos bairros de Terra Seca e Ribeirão Grande (Barra do Turvo – SP) e os conflitos pelo uso da terra [Master’s thesis]. Retrieved from: http://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/28247?show=full.

Brandão, C.R. (1999). O afeto da terra: imaginários, sensibilidades, e motivações de relacionamentos com a natureza e o meio ambiente entre agricultores e criadores sitiantes do bairro dos Pretos, nas encostas paulistas da serra da Mantiqueira, em Joanópolis. Campinas, Brazil: Editora da Unicamp.

Costa, L. (2013). Alimentação e comensalidade entre os Kanamari da Amazônia Ocidental. Mana, 19(3), 473-504.

Coy, J. (1994). Animals’ attitudes to people. In T. Ingold (Ed.), What is an animal? (pp. 77-83). London, United Kingdom: Routledge.

Descola, P. (1992). Societies of nature and the nature of society. In A. Kupper (Ed.), Conceptualizing society (pp. 107 – 126). London, United Kingdom: Routledge.

Descola, P. (1994). In the society of nature: A native ecology in Amazonia. Cambridge, United Kingdom: Cambridge University Press.

Descola, P. (1996). Constructing natures: symbolic ecology and social practice. In P. Descola, & G. Pálsson (Eds.), Nature and society: Anthropological perspectives (pp. 82-102). London, United Kingdom: Routledge.

Farage, N. (2011). De ratos e outros homens: resistência biopolítica no Brasil moderno. In C. Lépine., A. Hofbauer, & L. Schwarcz (Eds.), Manuela Carneiro da Cunha: O lugar da cultura e o papel da antropologia (pp. 279-309). Rio de Janeiro, Brazil: Beco do Azougue.

Ferreira, R. C. (2013). “Filhos de uma reza só”: regulamentação jurídica das identidades e paradoxos da adequação no reconhecimento do quilombo do Carmo. Cadernos de Campo, 22, 13-31. Retrieved from: http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/53196

Figueiredo, R.A.A. & Barros, F.B. (2016). Caçar, preparar e comer o ‘bicho do mato’: práticas alimentares entre os quilombolas na Reserva Extrativista Ipaú-Anilzinho (Pará State). Boletim do Museu Paraenese Emílio Goeldi, Ciências Hamanas. Belém, 11(3), 691-713.

Froehlich, G. (2012). “Do porco não sobra nem o grito”: classificações e práticas, saberes e sabores no abate doméstico de porcos [Master’s thesis]. Retrieved from: http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/UFSM_9c395aa449e7d59d374c226a133ce535.

Garcia, U. (2012). O funeral do caçador: caça e perigo na Amazônia. Anuário Antropológico, 2011/2(II), 33-55. Retrieved from: https://aa.revues.org/127.

Haraway, D. J. (2008). When species meet. Minneapolis, MN: University of Minnesota Press.

Ingold, T. (1994). Introduction. In T. Ingold (Ed.). What is an animal? (pp. 1-16). London, United Kingdom: Routledge.

Ingold, T. (2000). Culture, nature, environment. In The perception of the environment: essays in livelihood, dwelling and skill (pp. 13-26). London, United Kingdom: Routledge.

Instituto de Terras do Estado de São Paulo (2003). [Quilombola communities in São Paulo state], [online maps]. Retrieved from: http://www.cpisp.org.br/comunidades/img/mapas/mapa.html

Kirksey, S. E. & Helmreich, S. (2010). The emergence of multispecies ethnography. Cultural Anthropology, 25(4), 545-576.

Latour, B. (1994). Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. Rio de Janeiro, Brazil: Editora 34.

Latour, B. (2001). A ecologia política sem a natureza? Projeto História, 23, 31-44. Retrieved from: http://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/10667

Leirner, P.C. & Toledo, L.H. (1998). Mundo cão: um exercício sobre as fronteiras entre natureza e cultura no meio urbano. Sexta-Feira, 3, 126-133.

Lévi-Strauss, C. (1986). Estruturalismo e ecologia. In O olhar distanciado (pp. 149-173). Lisbon, Portugal: Edições 70.

Lévi-Strauss, C. (2009). A lição de sabedoria das vacas loucas. Estudos Avançados, 23(67), 211-216. Retrieved from: https://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142009000300025.

Lévi-Strauss, C. (2012). O pensamento selvagem. Campinas, Brazil: Papirus.

Machado, C. J. S. (2013). Animais na sociedade brasileira: práticas, relações e interdependências. Rio de Janeiro, Brazil: E-papers.

Mello, M. M. (2012). Reminiscências dos quilombos: territórios da memória em uma comunidade negra rural. São Paulo, Brazil: Terceiro Nome.

Mullin, M. H. (1999). Mirrors and windows: sociocultural studies of human-animal relationships. Annual Review of Anthropology, 28, 201-224. Retrieved from: http://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.anthro.28.1.201

Munari, L.C. (2009). Memória social e ecologia histórica: a agricultura coivara das populações quilombolas do Vale do Ribeira e sua relação com a formação da Mata Atlântica [Master’s thesis]. Available at: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-07032010-134736/pt-br.php.

Queiroz, R. S. (2006). Caipiras negros no Vale do Ribeira: um estudo de antropologia econômica. São Paulo, Brazil: EDUSP.

Rapchan, E. S. & Neves, W. A. (2014). Etnografias sobre humanos e não humanos: limites e possibilidades. Revista de Antropologia, 57(1), 33-84. Retrieved from: http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/87750/pdf

Rodeguero, M. (2014). Antes da carne: sobre trabalhadores, animais e consumo em um frigorífico no interior paulista. Trabalho apresentado na 28a Reunião Brasileira de Antropologia, Natal, RN, Brasil.

Santos, K. P. & Tatto, N. (Eds.). (2008). Agenda Socioambiental de comunidades quilombolas do Vale do Ribeira. São Paulo, Brazil: Instituto Socioambiental.

Santos, M. W. (2010). Saberes da terra: o lúdico em Bombas, uma comunidade quilombola (estudo de caso etnográfico) [Doctoral thesis]. Available at: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20042010-141954/en.php

Schneider, M. & Menasche, R. (2014). Os estudos rurais à luz de outras possibilidades: pistas a partir da antropologia simétrica. Tessituras, 2(2), 246-268. Retrieved from: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/tessituras/article/view/4658

Segata, J. (2012). Nós e os outros humanos, os animais de estimação [Doctoral thesis]. Retrieved from: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96413.

Serpell, J. (1996). In the company of animals: a study of human-animal relationship. Cambridge, United Kingdom: Cambridge University Press.

Silveira, P.C.B. (2001). Povo da terra, terra do parque: presença humana e conservação de florestas no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira, SP [Doctoral thesis]. Retrieved from: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000231839.

Siqueira, D. (2014). A gente sabe o sistema como é criado: a carne de porco entre a casa e a agroindústria na região de Chapecó – SC. Trabalho apresentado na 28a Reunião Brasileira de Antropologia, Natal, RN, Brasil.

Sordi, C. & Lewgoy, B. (2013). O que pode um príon? O caso atípico de vaca louca no Brasil e seus desdobramentos. Anthropológicas, 24(1), 125-143. Retrieved from: http://www.revista.ufpe.br/revistaanthropologicas/index.php/revista/article/view/308.

Stucchi, D. & Ferreira, R. C. (2009). Os pretos de Nossa Senhora do Carmo: estudo antropológico sobre uma comunidade remanescente de quilombo no município de São Roque – SP. Laudo Antropológico n. 01/2009.

Stucchi, D. & Ferreira, R. C. (2014). O quilombo de Nossa Senhora do Carmo e os paradoxos da adequação no processo de reconhecimento de direitos. Ruris, 8(2), 91-119. Retrieved from: http://www.ifch.unicamp.br/ojs/index.php/ruris/article/view/1989/0

Taqueda, C. S. (2009). A etnoecologia dos jardins-quintal e seu papel no sistema agrícola de populações quilombolas do Vale-do-Ribeira, São Paulo [Master’s thesis]. Available at: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41134/tde-02032010-100910/en.php.

Vander Velden, F.F. (2012). Inquietas companhias: sobre os animais de criação entre os Karitiana. São Paulo, Brazil: Alameda.

Vander Velden, F.F. (2015). Apresentação ao dossiê. Dossiê animalidades plurais. Revista de @ntropologia da UFSCar, 7(1), 7-16.

Vander Velden, F.F. & Badie, M.C. (2011). A relação entre natureza e cultura em sua diversidade: percepções, classificações e práticas. Avá, 19. Retrieved from: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1851-16942011000200001.

Vianna, L. P. (2008). De invisíveis a protagonistas: populações tradicionais e unidades de conservação. São Paulo, Brazil: Annablume, Fapesp.

Viveiros de Castro, E. (2002). A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia (pp. 347-399). São Paulo, Brazil: Cosac Naify.

Downloads

Published

2016-12-20

How to Cite

Fanaro, L. (2016). Territoriality and Animality: Human-animal Relations in Quilombola Communities of Brazil. ETropic: Electronic Journal of Studies in the Tropics, 15(2). https://doi.org/10.25120/etropic.15.2.2016.3539